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8. Marcela e Maurílio - MONTE ALEGRE

  • Tópicos Esp.em Jornalismo
  • 23 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de nov. de 2018

A FEIRA DO GUERREIRO

Aos sábados, o comércio local é agitado pelo intenso movimento no pacato município de Monte Alegre


Por Marcela Palhares e Maurílio Medeiros


Monte Alegre é um município do Rio Grande do Norte que pertence à Região Metropolitana de Natal e fica a 39 km da capital. Na cidadezinha, existe a famosa e sabatina Feira do Guerreiro, a qual ocorre das 7 às 11 horas, estendendo-se, às vezes, às 12.


A feira, não fugindo ao clichê das feiras de pequenos municípios interioranos, oferece verduras, frutas e carnes. Entretanto, há um diferencial: a venda de roupas, brinquedos, calçados, vasos e baldes. Isso se aproxima um pouco do que é vendido na capital, atraindo (e muito!), a clientela. Conquanto a estrutura do local seja precária, os fregueses não parecem se incomodar e comparecem em peso, estimulando, pois, a economia local.


“A Feira da Guerreira”


Aos sábados, Maria de Fátima Silva, 46, já é figurinha carimbada na feira de Monte Alegre, sua cidade natal. Feirante "desde que se entende por gente", a simpática montealegrense tira todo o sustento do comércio, percorrendo, ao longo da semana, diversas cidades do interior potiguar antes do nascer do Sol. Em meio a inúmeras bancas oferecendo alimentos, D. Maria destaca-se comercializando utensílios domésticos, como baldes, bacias, panelas, etc.



Se nos deixarmos levar pelas epifanias, podemos, deixando de lado gêneros, sugerir que esta senhora poderia ser a inspiração para a criação do nome da feira. A partir disso, passaremos a tratar a feira como “da Guerreira” e, então, conhecer um pouco de sua história de vida, a qual, assim como a de muitos brasileiros, é marcada pelo sofrimento e pelo sacrifício.


"Foi com isso que meus pais me criaram e que crio meus filhos. Estudei pouco. Deixei a escola muito jovem para ajudar nas vendas", relata a, agora, protagonista da “Feira da Guerreira”. No entanto, para os três filhos, ela rejeita a evasão escolar, ansiando, portanto, um futuro distinto do que lhe fora inexoravelmente imposto. "O mais velho já acabou [o ensino médio] e arranjou um trabalho em Natal. Os dois mais novos ainda estão estudando". O desejo é que o primogênito inspire os mais jovens a acreditar nos frutos que o estudo pode proporcionar.


Quanto ao próprio futuro, a comerciante não tem expectativa de mudança. "Acho que vou trabalhar com isso para sempre", revela, "pelo menos, até quando eu tiver saúde, né?!", complementa com naturalidade, sem transparecer dissabor.



 
 
 

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